sábado, 3 de abril de 2010

Camping na Praia de Caçandoquinha - Ubatuba - Março 2009

GPS (-23.3988, -45.0084)
Camping na Praia de Caçandoquinha - Ubatuba - Março 2009



Após varias viagens indo para a praia a galera do trampo cansou do esquema "Ir pra praia e encher a cara no quiosque", e percebemos que tem uma galera que curte pescar, eu particularmente nem tanto, mas os lugares que a galera vai pescar normalmente tem as vistas mais animais.

Indo com essa idéia na cabeça e todo mundo precisando de um relex do trabalho, o Ivan surge com a história de uma praia chamada Caçandoca. Eu como sempre topo todas, tava dentro.

Na verdade a gente ficou na praia de Caçandoquinha, que é uma praia menor ao lado de Caçandoca.
A região da praia de Caçandoca é habitada pelos descendetes dos quilobolas que montaram uma comunidade ali. Ao chegar existe uma placa dizendo isso.

Agora alguns anos mais experiente, e com uma galera afim de fazer um camping mais preparado voltei a ativa.

O Ivan que já tinha a barraca comprou um lampião e uma churrasqueira descartavel, que depois se mostrou útil.Isso além do equipamento de pesca dele.
As barracas eu ainda tinha, e comprei um gazebo e umas lonas pseudo saco de lixo e um isopor.



A dica aqui fica, em vez de isopor deem preferencia para bolsa termica, ela ocupa bem menos espaço e cabe até mais que um isopor pequeno.

Outra dica é sempre monte o acampamento primeiro, não adianta querer colocar a lona ou montar o gazebo depois que começa a chover. Apesar de que particularmente, a gente se diverte montando a cobertura de lona depois que começa a chover mesmo.

Saimos então, eu Ivanzito e Silvão, numa sexta feira caótica de São Paulo, marginal Tiete parada e varias horas de transito.


O camping que nós ficamos fica em frente a praia de Caçandoquinha, que hoje dia descobrimos que era uma propriedade privada e a área era invadida. O camping não existe más. Quem aproveitou , aproveitou.

Chegamos ao camping 3 da madrugada. Fomos recepcionados por um senhor provavelmente um dos descendentes dos quilombolas. O Camping vazio, num breu completo.
estacionamos o carro perto de uma árvore e montamos acampamento ali mesmo, a uns 3 passos da areia. Montamos as barracas num pique só utilizando a luz do farol do carro e o lampião do Ivan.



Derretendo de suor depois de montarmos o acampamento, a idéia mas óbvia foi entrar no mar já que a noite estava quente e foi uma luta chegar até ali, depois de varias horas no carro escutando repetidas vezes o meu CD do Lithe Joy.

O que eu vou contar a seguir é um daqueles momentos pra guardar na memoria pro resto da vida.

Entrando na água que nem estava tão fria, percebemos que existiam uns pontinhos brilhantes, como se fossem vagalumes dentro da água.

Pra não dizer que eu estava louco perguntei para o Ivan se eles estava vendo também.
E era verdade, eu fiquei um tempão brincado de fazer haduken na água do mar de noite, e começamos com algumas teoria sobre o que seriam esses pontinhos luminosos, algum mineral que existia na água? , algum vazamento radioativo de Angra?

Depois vim a descobrir que na verdade aqueles pontinhos luminosos são os SPYRO GYRO um plancton, que é citados naquela música do Jorge Bem.

Depois disso fomos dormir nos preparando para o dia seguinte.

No dia seguinte percebemos como funciona mais ou menos o camping, acampar mesmo ali, não vem ninguém, mas de dia varias famílias vão lá pra fazer um churrasco e passar o dia.

O camping pode ser considerado semi selvagem , já que a gente pagou cinco reais para o tiozinho que toma conta do lugar.

No entanto não tem luz elétrica, o único banheiro que tinha, era bem precário, e o único que usou fui eu porque realmente foi necessário, e como eu tinha acabado de pagar o camping, destrui o banheiro mesmo, sem dó .

De infra estrutura, havia uma bica de água doce, um coberto onde uma das famílias resolveu fazer o seu churrasquinho.


Na praia ao lado, Caçandoca, existe um buteco-restaurante onde é possível comer um PF baratinho ou um lanche e tem estacionamento.
Na região existem vários lugares que vendem peixe. E sai barato, se você for com um isopor e gelo vale a pena comprar para trazer para São Paulo.

Como o plano era ir pescar, precisávamos arranjar isca.
Então fomos tentar pegar corruptos na praia de Caçandoca a esquerda de Caçandoquinha.
Como não conseguimos nada, o Silvão e o Ivan foram comprar as iscas e algo para comer de café da manha enquanto isso eu monto o gazebo.

Tudo pronto pegamos trilha para a praia do Raposa que fica direita da praia de Caçandoquinha


Depois de uns 30 minutos de trilha chegamos a praia do Raposa, nos deparamos com uma belissinma paisagem , sentamos num tronco de árvore e ficamos uns 30 minutos só observando os caranguejos (Maria farinha) habitantes da praia, essa sim deserta. Nesses momentos que a gente percebe como a natureza é preservada onde o homem não põe a mão. Observamos uma quantidade absurda de maria farinhas que viviam naquela praia.


Após esse momento bucólico seguimos com a caminhada até o costão onde os meninos foram pescar.

Peixe mesmo a gente pegou uns 3, até a vara do Ivan enroscar nas pedras e quebrar.

Fatos marcantes ali foi o esquibunda que o Ivan sofreu ao pisar em um trecho mais escorregadio por onde corria água que descia do morro, quando estavamos indo embora. vale o aviso de tomar muito cuidado ao caminhar pelas pedras, o Ivan que de nós é quem anda melhor nas pedras sofreu esse acidente.

Por sorte o Ivan conseguiu pular por cima das cracas que tinha nas pedras e cair no mar sem se machucar muito.Mais sorte ainda porque ele era o único que sabia nadar, e a praia era bem perto de onde nós estávamos, na verdade ele acabou chegando na praia nadando mais rápido do que a gente pelas pedras.

Outro fato marcante foi a fuga do peixe morto. Estávamos limpando os 3 peixes que a gente pegou no corrego de água docê que fica a direita da praia de Caçandoquinha, isso para fazer um churrasquinho, afinal matou tem que comer, nisso bate uma onda e leva um dos peixes limpos que estava em uma pedra .



Para não ficar no vazio a gente acabou comprando um quilo de file de pescada e fez um churrasco.

O camping que agente ficou não existe más, agora tem varias correntes impedidno a passagem e um caseiro tomando conta da propriedade.

No entanto o acesso a praia Caçandoquinha pela praia de Caçandoca é livre.

Um comentário:

Marcio e Ana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.